Etmologicamente falando, “nano” deriva de “nanus”, do latim, e significa “anão”; matematicamente, o prefixo é atribuído à bilionésima parte (1/1000000000 = 0,000 000 001 = 10^-9) de algo. A nanoescala abrange, a rigor, materiais, organismos ou parte deles que possuam pelo menos uma de suas dimensões entre 1 e 100 nanômetros (10^-9 e 10^-7m) e propriedades diferenciadas emergentes do tamanho reduzido. A título de exemplo, para sua compreensão: 1 nm está para 1m assim como uma pedrinha do caminho (≈1mm) está para toda a estrada que separa o RJ do DF (≈1000 km).

A Nano (ciência e tecnologia) consumaram, aprimoraram e ampliaram diversos paradigmas anteriormente estabelecidos por doutrinas clássicas. Em vista disso, o pequeno grande universo Nano é tido como uma abordagem revolucionária e disruptiva das tão prestigiadas e imprescindíveis Engenharias (Civil, Química, Elétrica, Metalúrgica e de Materiais), Física, Química, Biologia, Matemática, Medicina, Farmácia, Informática etc. Sua abrangência pode ser sintetizada nesta mandala:

Atualmente, o Brasil já realiza pesquisa básica e aplicada em Nano, embora ainda esteja um tanto defasado em relação aos Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, que investem pesado no setor há pelo menos três décadas.

Mas, de modo algum isso deve desmotivá-lo, pois trago boas notícias, caso você ainda não saiba:

1) É possível estudar Nanociência e Nanotecnologia no Brasil com muita qualidade!

2) Existe mercado de trabalho interno e externo promitente para absorver os pesquisadores aqui formados!

O bacharelado em Nanociência e Nanotecnologia é oferecido pela tradicional Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos polos Fundão e Xerém, com duração de quatro anos. O ciclo básico provê uma formação sólida em Matemática, Física, Química e Biologia, contando com disciplinas como: Cálculo (I, II, III e IV); Física teórica e experimental (I, II, III e IV); Biologia Celular; Grandes Temas da Biologia; Bioenergética e Metabolismo; Bioquímica de Macromoléculas; Genética Molecular; Gerência da Inovação; Estrutura dos Sólidos; Álgebra Linear; Química Geral, Experimental e Orgânica (I e II); Programação de Computadores; Introdução a Polímeros, Síntese e Caracterização; além de, claro, Introdução a Nanotecnologia.

No ciclo profissional, o aluno pode optar por se especializar em Física, Materiais ou Bionanotecnologia; e vai cursar disciplinas com elevada superposição com os cursos já existentes de Física, Engenharia de Materiais e Biofísica, o que facilita o fluxo (transferência ou reingresso) dos estudantes entre o curso de Nanotecnologia e demais citados. (Mais informações em: https://www.nano.ufrj.br/arquivos/ementas.pdf)

Ademais, também é obrigatória para a obtenção do grau a realização de iniciação científica em laboratórios de Introdução à Pesquisa em Nanotecnologia nas áreas de Física, Química, Biologia e Materiais, em que o futuro pesquisador deve aprender os fundamentos teóricos e os aspectos práticos das respectivas técnicas.

Não se assuste! Todo este esforço é válido para que o pesquisador saia da faculdade capacitado a dialogar e trabalhar com profissionais de diversas áreas, na interface entre as disciplinas, respondendo às demandas cada vez mais multifacetadas da academia e do mercado.

Se você tem interesse em saber um pouco mais sobre o mundo Nano e como ingressar nele, pode começar dando uma olhada na Cartilha sobre Nanotecnologia (https://www.abdi.com.br/Estudo/Cartilha%20nanotecnologia.pdf) e depois navegar no site da Secretaria do Curso de graduação em Nanociência e Nanotecnologia do IBCCF/IF/IMA/Poli  (https://sites.google.com/a/nano.ufrj.br/secretaria-online/nanotechnology) e da pós-graduação em Engenharia de Nanotecnologia da COPPE-UFRJ (https://www.pent.coppe.ufrj.br/index.php/80-template-details/general/103-engenharia-de-nanotecnologia.html). Divirta-se!

 

PenseBem

Professora Lizandra