Os calouros da tabela periódica
A tabela periódica recebeu recentemente 4 novos integrantes (figura 1). Para essa adição, é necessário que a IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) faça esse reconhecimento. Isso ocorre depois de fazer muitos testes e de passar por uma banca de membros de química inorgânica. Esses novatos foram descobertos por cientistas do Japão, Rússia e EUA. Já com seus nomes e símbolos definitivos, segundo a regra de até 2 letras, são eles: O nihônio (Nh) vem da palavra “Nihon”, de origem japonesa; o moscóvio (Mv) é uma referência a Moscou, capital da Rússia; tennessine (Ts) vem do Estado do Tennessee (EUA), pioneiro na pesquisa sobre o mundo da química, e que se transforma, assim, no segundo Estado a figurar na tabela periódica, depois da Califórnia (correspondente ao elemento 98). Por último, o oganessono (Og) foi nomeado dessa forma em homenagem ao físico russo Yuri Oganessian, de 83 anos.
Esses elementos se encaixam no modelo de tabela que foi proposta por Mendeleev, em que ele previa o lugar de alguns elementos mesmo sem conhecer. E a tabela atual, proposta por Moseley, na qual os elementos estão organizados por ordem crescente de números atômicos, mas deixando os espaços como previu Mendeleev. O nihônio, moscóvio, tennessine e oganessono possuem números atômicos iguais a 113, 115, 117 e 118, respectivamente. Dessa forma, tais elementos completam o sétimo período da tabela periódica e o subnível ‘p’. Isso quer dizer que eles obedecem às regras de localização na tabela com o subnível mais energético de acordo com o bloco, o período e a família (Figura 2), o Nh é 7p1; o Mv é 7p3; o Ts é 7p5; e o Og é 7p6.
Os novos elementos encontram-se nas famílias IIIA, VA, VIIA e VIIIA, respectivamente, sendo assim considerados elementos representativos como os outros das mesmas famílias. Suas características estão relacionadas aos elementos que os antecedem nas suas famílias. Eles são elementos sintéticos, ou seja, foram criados em laboratório, são altamente radioativos, são sólidos metálicos e sua duração é de alguns segundos ou até mesmo um milisegundo. Esse último fator os torna altamente instáveis, fazendo com que sejam utilizados apenas para pesquisas, por enquanto.
PenseBem
Professora Josi