Conheça um pouco mais sobre o Cais do Valongo, nosso patrimônio mundial!
Fala, pessoal. Beleza? Mais um texto fresquinho para vocês!
Vocês sabiam que, em 2017, o Brasil ganhou o seu 21º Patrimônio Mundial da UNESCO? Trata-se do Cais do Valongo. Para quem não conhece muito sobre esse triste passado, segue um breve resumo. Em tempo: a UERJ adora trabalhar com temas como este! Fica a dica!
Em 1843, o cais foi remodelado para receber a Princesa das Duas Sicílias, Teresa Cristina Maria de Bourbon, noiva do futuro imperador D. Pedro II. A escolha do local para a chegada da imperatriz era parte de um conjunto de iniciativas de melhoramentos na cidade e de ocultação de registros históricos considerados vergonhosos pelas autoridades. Registros arqueológicos revelaram que o antigo Cais do Valongo ficou submerso cerca de 60 centímetros abaixo das pedras utilizadas na construção do novo cais. No local, onde hoje se situa a Praça Jornal do Commercio, foi também inaugurado um monumento-chafariz, obra em cantaria realizada pela Academia de Belas Artes. O Cais do Valongo passou a ser chamado, a partir de então, de Cais da Imperatriz, e a rua por onde passou o cortejo real, de Rua da Imperatriz, atual Rua Camerino.
Em 1911, o cais foi aterrado por conta de reformas urbanísticas e somente em 2011 foi redescoberto e transformado em sítio arqueológico. Na ocasião, foi também identificado, ao lado do cais, um enorme “cemitério” de escravos, onde os corpos eram lançados em valas a céu aberto. Hoje existe ali um museu, chamado Cemitério dos Pretos Novos, o qual guarda a memória deste trágico passado que permaneceu praticamente esquecido durante muitos anos. O Cais do Valongo constitui-se hoje um importante local de memória do Rio de Janeiro, trazendo consigo a marca do passado escravagista da cidade nos séculos XVIII e XIX.
Gostou? Fique ligado, em breve novas histórias de nossa cidade serão contadas por aqui.
Professor João