Afinal, o café faz bem ou mal à saúde?
Você já deve ter escutado muitas polêmicas sobre o café. Especialistas dizem que o nosso famoso “cafézinho” uma hora faz bem e outra hora faz mal. E aí?
O café é uma matriz alimentar bem complexa. Estudos epidemiológicos mostram que o consumo moderado da bebida está relacionado à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como Mal de Alzheimer, cirrose hepática e câncer de cólon. Essa associação benéfica tem sido atribuída à presença de compostos antioxidantes, como os ácidos clorogênicos e as melanoidinas.
Além disso, a cafeína presente na bebida está associada a efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central, como melhora no estado de alerta, na capacidade de aprendizado e resistência ao esforço físico. Após ser metabolizada pelo organismo, ela também pode apresentar atividade antioxidante.
Por último há a niacina, que é uma vitamina do complexo B, formada a partir da trigonelina durante a torrefação.
E o que é a “atividade antioxidante”?
O antioxidante tem o papel de reagir com os radicais livres, que são moléculas que apresentam elétrons não pareados capazes de reagir com outras moléculas – proteínas, carboidratos, lipídeos e DNA – a fim de se estabilizar. Em outras palavras, são moléculas às quais falta um elétron. Esse “roubo” de elétrons cria uma reação em cadeia. O papel do antioxidante é justamente desativar esses radicais livres, interrompendo esse mecanismo. A presença de radicais livres na dieta está associada ao surgimento de certas doenças, como as coronarianas e a diabetes. Os ácidos clorogênicos são associados a esse efeito antioxidante. Estão presentes no café, no chá-mate, em frutas, entre outros alimentos.
Então tomar café é recomendável?
Muito, mas com moderação, é claro! Para indivíduos saudáveis, a recomendação é de 4 xícaras por dia, o que equivale a 400 mg de cafeína (BBC, 2011).
Então, muita calma na hora de tomar o pretinho!
Vai um cafezinho aí?