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Por que os judeus foram escolhidos para serem exterminados pelos nazistas?

Fala, galera!

Vamos embarcar nos porões da Alemanha Nazista e entender um pouco mais sobre um capítulo sombrio da História?

A pergunta chave de nosso texto é bem direta e, provavelmente, você ou alguém já pensou nela quando falou de Segunda Guerra ou Nazismo:

Por que os judeus foram escolhidos para serem exterminados pelo Partido Nazista Alemão no século XIX?

Para compreender essa questão, é extremamente necessário, antes de tudo, saber a diferença entre antijudaísmo e antissemitismo. O primeiro diz respeito ao ódio à religião judaica ou qualquer pertencimento ao judaísmo enquanto religião. Sendo assim, o simples fato de ser praticante do judaísmo leva à repulsa.

O segundo é o ódio aos judeus enquanto nação. Aqui, o conceito é mais complexo, pois não importa a sua religião. Caso seu pai ou avô fosse judeu, você automaticamente era denominado de “sangue ruim”.

Bom, agora que já entendemos esse conceito, vamos avançar!

Na antiguidade, o judaísmo é visto por outras religiões como a religião do mal, ou seja, viam o judeu como agentes de propagação de alguma “doença” sem cura. Contudo, o principal momento em que o antijudaísmo e o antissemitismo se relacionam pela primeira vez é na revelação da Torá. Logo, para o apóstolo Paulo: “Aqueles que continuam no caminho da Torá, mesmo após a chegada de Cristo, são traidores.” Os judeus, ao negarem Cristo como salvador e assassiná-lo, tiveram de aguentar as acusações de deicida.

Durante toda a Idade Média, essa ideia foi expandida e materializada pela Igreja Católica, obrigando-os a se converterem ao catolicismo, sob pena de morte. Além de impedir o acesso deles a alguns locais públicos, obrigavam o uso de vestes características etc. Medidas que fizeram o judeu ser alvo de ataques de diferentes grupos religiosos.

Já no século XIX, o termo antissemitismo ganha força com o chamado “darwinismo social”, ou seja, o motivo para perseguir judeus se torna biológico. Então, essas teorias caíram na mão de um grupo (Partido Nazista) que soube organizar uma massiva propaganda para colocá-los em uma posição de raça inferior perante as outras. A essa visão histórica foi acrescentado o mito da “conspiração judaica mundial”, fortemente difundido em toda a Europa que, entre outras falácias, divulgou a ideia do poder econômico do povo judeu e do seu monopólio dos meios de comunicação. Os judeus foram transformados no bode expiatório e culpados de todos os males pelos quais atravessava a Alemanha, fazendo com que sua eliminação se tornasse um objetivo a ser cumprido pelo povo alemão.

Nazismo e Hitler

É necessário ressaltar a importância do antissemitismo na ascensão de Adolf Hitler e do Partido Nazista ao poder na Alemanha. Observa-se uma mudança clara na estratégia adotada após o fracassado Putsch da Cervejaria, o que denota que o antissemitismo possui impacto relativo como meio de propaganda. Sendo assim, Joseph Goebbels, ministro de propaganda do Terceiro Reich, implementou uma política de propaganda severa e sanguinária, expandindo as teorias que colocavam o judaísmo em uma posição inferior a outras, em prol de uma exterminação.

O fato é que o antissemitismo tem lugar de destaque nos debates, pois uma parcela significativa de historiadores constatou certo grau de continuidade das ideias do período e das ideias posteriormente defendidas por Hitler. Por outro lado, Hanna Arendt, em “A Origem do Totalitarismo”, afirma que não devemos associar o antissemitismo do século XIX como continuidade da Idade Média. Para ela, o Antissemitismo é um fenômeno restrito do século XIX que vai além do impensável e será uma arma letal contra os judeus até os dias de hoje. Há também um terceiro grupo que vê o antissemitismo como condição necessária, porém não suficiente para o genocídio, pois a Alemanha não foi a criadora desse sentimento, visto que, na França, ele era muito mais radical.

Bom, é isso galera!

Na próxima publicação de “Entendendo o Nazismo”, vocês saberão quem foi Leni Riefenstahl e qual seu objetivo no Partido Nazista e, consequentemente, no genocídio de quase 6 milhões de judeus.

Não percam! Até lá!

Professor Márcio

Referências Bibliográficas

FRIEDLÄNDER, Saul. Nazi Germany and the Jews 1939-1945: The Years of Extermination. New York: Harper Perennial, 2008.

KERSHAW, Ian. Hitler. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo e totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

1 Comment

  • Katia

    O século em questão não seria o século XX?

    Reply

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