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Atentado em Bruxelas: entendendo melhor o Estado Islâmico

Fala, galera! Tudo bem?

Vamos a mais uma conversa sobre Atualidades?

Na manhã de hoje, vimos mais um atentado terrorista na Bélgica, mais precisamente na capital Bruxelas. Infelizmente, esses atentados estão virando rotina, principalmente na Europa, foco principal do Estado Islâmico. Por isso, agora nosso blog vai falar exatamente sobre esse grupo. Assim, você fica por dentro do que está passando na tv e rolando na timeline do Facebook, e pode opinar com mais fundamento.

Você sabe como o Estado Islâmico foi criado? Quem faz parte desse grupo? De onde veio? Vamos ver!

Para início de conversa, devemos entender as suas diferentes nomenclaturas. O Estado Islâmico, também pode ser chamado de ISIS (Islamic State of Iraq and Syria) ou ISIL (Islamic State of Iraq and the Levant), que são as regiões onde foi criado.

No meio de tantos grupos terroristas, o Estado Islâmico se destacou, pois se utiliza de uma arma MUITO PODEROSA e que, provavelmente, você tem em casa: a Internet.

Isso mesmo! O ISIS tem uma central de inteligência que faz toda a elaboração, organização e divulgação do grupo. Por meio dessa poderosa arma (internet), ele consegue divulgar sua ideias, crenças e vídeos de execução contra aqueles que são considerados inimigos. No ano de 2015, vimos vários exemplos, como o do assassinato do jornalista americano Jamie Foley ou a imolação do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, além de vários outros que foram amplamente divulgados em vídeo para o mundo todo.

Qual o problema de o ISIS utilizar a internet?

O grande perigo disso tudo é que o ISIS não precisa de fronteira ou proximidade com outro país para conseguir adeptos. Eles têm conseguido adesão de pessoas nos Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, França etc. Ou seja, um membro do Estado Islâmico pode estar ao seu lado neste momento!

Para entender como esse grupo foi criado, voltemos ao ano de 2003, quando o presidente George W Bush invade o Iraque (sem o aval da ONU), alegando que o país estava com ogivas nucleares (que nunca foram encontradas). E é nessa invasão que o ditador Sadam Hussein é preso pelo exército americano.

Você deve estar pensando que Sadam Hussein era apoiado por toda população iraquiana e que essa notícia foi recebida com muitas lágrimas, certo? ERRADO!

A minoria Sunita da região estava cansada de inúmeras perseguições promovidas pelo ditador. A grande maioria Xiita (quase 80%) era extremamente privilegiada pelo governo de Sadam Hussein. O que restava aos Sunitas eram mortes, perseguições, torturas e humilhações.

Chegamos ao grande momento! É de uma parte desse grupo de Sunitas, humilhados por Sadam Hussein e que já faziam parte da Al Qaeda, que, em 2013, se forma o grupo Estado Islâmico do Iraque e Síria.

Querido aluno, posso te ouvir nesse momento: “Professor! Eu aprendi em toda minha vida que os Xiitas que são radicais e os Sunitas são bem calminhos!”…  ERRADO!

Essa divisão não existe mais! Não podemos fazer tal generalização, pois acaba perpetuando o preconceito sobre os povos muçulmanos. Não é todo muçulmano que é terrorista! Existem mais de 1 bilhão de muçulmanos, dentre estes, uma minoria adere aos grupos terroristas.

Países como Iraque e Síria são os mais afetados, pois sofrem ataques constantes do ISIS. O Estado Islâmico obriga as pessoas que vivem nas áreas controladas por ele a se converterem ao islamismo, além de viverem de acordo com a interpretação Sunita da religião e sob a Lei Sharia (o código de leis islâmico). Aqueles que se recusam podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte.

O objetivo desse grupo é estabelecer um grande califado islâmico, sob o comando do líder que acredita ser um sucessor de Maomé – Abu Bakr al-Baghdadi. As fronteiras desse califado seriam as mesmas do início do Islã, ignorando inclusive todas as divisões territoriais estabelecidas internacionalmente desde a I Guerra Mundial.

Medidas internacionais já estão sendo tomadas, mas o que realmente podemos afirmar é que esse grupo cresce a cada dia e se torna cada vez mais estruturado e perigoso.

Por isso, é importante estarmos atentos aos fatos – antigos e atuais – para podermos participar ativamente da sociedade. Em breve teremos mais conhecimento por aqui!

Abraços,

Professor Márcio

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